terça-feira, 8 de dezembro de 2009



Besouro: um filme que fala de preconceitos.
Cor, raça, gênero, religião e cultura são os temas de destaque abordados no filme nacional “Besouro: nasce um herói”, que ainda está em cartaz nos cinemas baianos. Esta é uma boa oportunidade para perceber um pouco do preconceito vivido pela herança da capoeira africana no ano de 1890, quando ainda era proibida. Atrelado ao preconceito da cultura, estava a condição de pós-escravidão do negro e de abuso da mulher escrava, mesmo após a abolição da escravatura (1988).
Ainda depois de 10 anos, as perseguições aos capoeiristas e rodas de capoeira eram assustadoras, ao ponto dos senhores de engenho mandarem matar os líderes desta prática. A justificativa para tal atitude criminosa partia do princípio de que a capoeira era vista por esses “patrões” como um tipo de luta. Sendo que, hoje, parte da cultura brasileira, em especial na Bahia (por ter sido o berço do misto de culturas, da colonização), como uma dança trazida pelos negros da África na época da colonização.
Dentre outros assuntos, o filme ainda traz um pouco da cultura da religião do candomblé e mostra também o abuso sexual da mulher escrava e negra da época. Seguindo o roteiro de uma história de luta e amor à capoeira e aos seus ensinamentos, é que o personagem Besouro encara diversas situações de repressão às rodas dos capoeiristas passando à utilizar alguns dos golpes da capoeira com defesa e principalmente para mostrar que o negro, mesmo sujeito à condição de escravo, por não ter tido opções e oportunidades após a liberdade da escravidão, tem voz e direitos iguais aos outros seres humanos de todas as cores, desde que fossem brasileiros dentro do seu próprio território.

Nenhum comentário:

Postar um comentário